segunda-feira, 25 de maio de 2009

O que você vai ver por lá!

Sítios Arqueológicos

Um sítio arqueológico é um local no qual os homens que viveram antes do início de nossa civilização deixaram algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura, a simples marca de seus passos.

As pesquisas, na região do Parque Nacional, foram iniciadas em 1970 e desde então as descobertas se acumularam. Atualmente estão cadastrados 406 sítios , dos quais cerca de 360 apresentam pinturas rupestres. Os demais sítios são aldeias, cemitérios, acampamentos. Estes números não são definitivos pois continuamente são descobertos novos sítios no Parque Nacional.

Os sítios arqueológicos são diferentes segundo o uso que os homens pré-históricos fizeram do local. Cada local pode corresponder a uma função, mas há casos, como as aldeias, onde vários tipos de atividades foram praticadas. Em uma aldeia vive-se, o que significa lugares para dormir, para cosinhar, para descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra, o barro para fazer cerâmica, a madeira. Todos esses trabalhos produzem vestígios que caem ao solo e que vão sendo, aos poucos, cobertos por sedimentos.

Assim sendo os vestígios mais antigos são os que estão bem no fundo, pois à medida que avança o tempo, novos vestígios caem, novas camadas de sedimento se formam e o sítio vai apresentando uma maior espessura de camadas arqueológicas.

Quando o arqueólogo começa a trabalhar ele faz o inverso: com seu pincel, sua pequena colher de pedreiro, vai tirando os sedimentos e deixando no local os vestígios. Quando tira os sedimentos de uma camada, numera e retira os vestígios, passando então para a camada logo abaixo. Assim ele vai do mais recente para o mais antigo.

Em geral os sítios apresentam-se em concentrações espaciais pois correspondem a um povo, a uma cultura, a qual explorava um território dado, nele deixando suas marcas.

A pesquisa arqueológica começa pela prospecção, que corresponde à fase na qual os pesquisadores procuram encontrar vestígios que permitam o reconhecimento dos sítios. A seguir passa-se à fase de documentação: faz-se o levantamento topográfico do sítio, isto é seu mapa no estado em que foi descoberto. Faz-se as fotografias, se há pinturas as mesmas são fotografadas e copiadas. Em seguida dá-se início às escavações, única maneira de poder datar (veja encarte) os achados e definir quais os povos que deixaram os vestígios que o arqueólogo encontrou.

Métodos de datação

Os vestígios encontrados em uma escavação devem ser datados para que o arqueólogo possa situá-los no tempo.

As datações podem ser relativas, isto é, quando se atribui o objeto à uma época em razão de uma associação entre o mesmo e um evento já datado ou com fenômenos naturais cuja ocorrência segue tempos determinados ou produz certos tipos de vestígios característicos de épocas definidas. Por exemplo, se encontramos um esqueleto em uma camada geológica, conhecida como sendo de um período dado, esse esqueleto terá a mesma idade da camada.

Existem, entretanto, métodos de datação absoluta, que datam o próprio vestígio. Os vestígios que podem ser datados não são todos, eles variam de acordo com o método escolhido.

Alguns dos principais métodos, hoje em uso, e que foram aplicados no estudo do material encontrado na área do Parque Nacional são a análise do Carbono-14 e a da Termoluminescência.

Análise do Carbono 14

Na natureza o Carbono ocorre em três formas isotópicas: C 12 (com 6 prótons e 6 neutrons no núcleo do atomo), C 13 (com 6 prótons e 7 neutrons no núcleo do atomo) e C 14 (com 6 prótons e 8 neutrons no núcleo do atomo). Em qualquer amostra de carvão, 98,9 % dos atomos são do tipo C 12 e 1,1 % são do tipo . Somente um em milhões de atomos de carbono são do tipo C 14. Estes atómos de carbono são produzidos na alta atmosfera, pelo bombardeio de atomos de Nitrogênio

pelos raios cósmicos, e o excesso de neutrons que possui no núcleo o torna instável. Ele perde sua radioatividade, voltando ao estado de

Nitrogenio e este processo se dá segundo uma taxa constante, independentemente domeio ambiente. O tempo durante o qual a metade dos atomos de um isótopo radioativo perde sua radioatividade chama-se meia-vida e, no caso do C 14 a meia vida é de 5.730 anos.

O caso dos seres vivos é curioso. As plantas, através do dióxido de carbono absorvido durante o processo da fotossintese, adquirem o C 14 e os animais, que se nutrem de vegetais ou de animais comedores de vegetais, o absorvem por sua vez. Esse processo é contínuo e produz efeito inverso ao da meia-vida: ao mesmo em que alguns átomos perdem a radioatividade, entram no corpo átomos com radioatividade.

Quando ocorre a morte, cessa a aquisição de novos átomos de C 14 e o processo de perda de radioatividade produz seus efeitos. Assim sendo, medindo a radioatividade que resta em um carvão vegetal, em um osso ou em qualquer vestígios proveniente de um ser vivo, pode-se conhecer a data de sua morte. Ele tem seus limites: quando a radioatividade que resta é muito baixa, o que acontece depois de 50.000anos da morte do ser que originou a amostra, não mais é possível medi-la.

Esse método é hoje muito seguro, desde que sejam tomadas as devidas precauções para a coleta e manuseio de amostras e na interpretação dos resultados.

Termoluminescência

A termoluminescência, apesar de ser menos precisa que o Carbono 14, tem suas vantagens porque pode datar restos inorganicos e alcança datas mais antigas que 50.000 anos. Vejamos as bases desse método.

Os elementos minerais sofrem o bombardeio dos raios cósmicos e se carregam de radioatividade. Descobriu-se que quando um mineral, como um pedaço de silex, ou o barro com o qual se fabrica cerâmica, são aquecidos acima de uma certa temperatura (entre 350 e 400 graus C), perdem a radioatividade. Diz-se então que o relágio desse objeto foi colocado no zero. A partir deste momento, começam novamente a acumular radioatividade. Se o homem pré-histórico colocou pedras em volta de uma fogueira, ou esquentou um pedaço de silex para poder lascá-lo melhor, ou cosinhou uma vasilha de cerâmica, como emprega altas temperaturas, raramente alcançadas em fogos naturais de floresta, fez com que o relógio desses objetos fosse para o zero. As peças começam novamente a ser bombardeadas pelos raios cósmicos e vão acumulando, novamente radioatividade. Quando são retiradas de uma escavação, pode-se medir sua radioatividade. Conhecendo-se a taxa anual de radioatividade acumulada na região de pesquisas (essa taxa varia segundo a região, o sítio, a camada de sedimentos que recobria a peça analisada e pode ser medida colocando-se dosímetros no mesmo lugar de onde foi extraída a amostra a ser datada, deixando os mesmos no local durante um ano) pode-se calcular quantos anos passaram entre o momento do aquecimento pelo homem pré-histórico e a descoberta da peça pelo arqueólogo.


fonte: Fumham

Secretário de Turismo fala sobre o Congresso

O projeto, apresentado através de maquete digital, prevê uma área total de 15 mil metros quadrados, incluindo área de inscrição, recepção, salas de apoio, passarelas, auditório climatizado com 800 metros quadrados, área de administração, alojamentos, salão de exposição, entre outros. A área montada terá cinco mil metros quadrados. O projeto foi elaborado pela empresa Extand. "É um moderno projeto, totalmente adequado às necessidades do evento que tem todo o apoio do Estado", destaca o secretário de Turismo, Sílvio Leite.
Além das dependências da Fundham, o congresso utilizará áreas da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). O secretário de Turismo garantiu que o projeto deve ser entregue em junho e, ainda, a conclusão de pista e estação provisória do Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato. "Teremos à disposição mais de 500 leitos para hospedagem, além de alojamento com capacidade para 480 pessoas e residências que serão cadastradas com apoio do Sebrae", acrescentou.
O Congresso Internacional de Arte Rupestre reunirá pesquisadores, estudantes e outros interessados no estudo, conservação e divulgação das manifestações rupestres, que apresentarão seus trabalhos e informações relacionadas com todos os continentes. Os novos métodos de pesquisa, de interpetação, as novas descobertas, o desenvolvimento científico relacionado com seu estudo e a dinâmica da criação e difusão cultural poderão ser relacionados e comparados durante este encontro.

Programa Preliminar
4 dias de apresentações acadêmicas em sessões simultâneas
Conferências abertas ao público
1 dia de excursão aberta ao público
Exposição de pôsteres, apresentação de vídeos
Galeria de artistas
Venda e exposição de livros
Excursões antes e após o congresso
Reunião anual da Ifrao

fonte: portalodia.com

sexta-feira, 22 de maio de 2009

As origens das pinturas da Tradição Nordeste: difusão e diáspora.

A partir de um possível núcleo originário situado no SE do Piauí se fixou a Tradição Nordeste como um horizonte cultural de ampla dispersão. Com o avanço das pesquisas arqueológicas em outras regiões do nordeste brasileiro se formularam hipóteses sobre a dispersão desse horizonte gráfico motivada por cisões demográficas ou rivalidades tribais. Grupos humanos originários do SE do Piauí teriam emigrado a través do vale do São Francisco e se instalado em áreas da Bahia, Pernambuco e no Rio Grande do Norte. A amplitude territorial e cronológica dessa dispersão se manifesta em mudanças e na inclusão de elementos novos, embora mantendo o núcleo central gráfico da Tradição Nordeste.

Coordenadores :

Gabriela Martin
Irma Asón Vidal

Sem Medo

SRN terá infectologista de plantão durante Global Rock Art

Durante o Global Rock Art a cidade de São Raimundo Nonato terá o infectologista Dr. Perón Ribeiro Soares de plantão no Hospital Regional Senador Cândido Ferraz para orientar os profissionais de saúde da cidade e realizar atendimento imediato, caso seja necessário.
O Secretário Municipal de Saúde, Carlos Levi Lima Negreiros, afirmou que a Secretaria está à espera do Plano de Contingenciamento da Influenza A, que está sendo elaborado pelo Ministério da Saúde para que o município possa elaborar também o plano municipal.

(fonte: 180graus.com)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Global Rock Art

Um marco na Arqueologia Mundial acontecerá em Junho de 2009 na cidade de São Raimundo Nonato – Piauí – Brasil (Parque Nacional Serra da Capivara)

O congresso tratará de uma prática global que, como todas as manifestações humanas, é a demonstração de que Homo sapiens leva em sua carga genética os modelos de respostas aos problemas originados pelo meio ambiente e os engendrados por sua psique. Por esta razão o congresso terá o nome de Global Rock Art.

Global Rock Art reunirá pesquisadores, estudantes e outros interessados no estudo, conservação e divulgação das manifestações rupestres, que apresentarão seus trabalhos e informações relacionadas com todos os continentes, mostrando assim que a arte rupestre é uma manifestação cultural mundial.

Na oportunidade estarão presentes mais de 1.300 arqueólogos de todas as partes do mundo.

Os novos métodos de pesquisa, de interpretação, as novas descobertas, o desenvolvimento científico relacionado com seu estudo e a dinâmica da criação e difusão cultural poderão ser relacionados e comparados durante este encontro.

O Congresso procurará demonstrar que a globalização não é um fenômeno atual, ela começa quando o homem parte de seu berço na África e começa a ocupar todos os continentes.


LOCAL E DATAS CHAVE

Cidade sede do evento:
SÃO RAIMUNDO NONATO – PIAUÍ – BRASIL
(Parque Nacional Serra da Capivara)

30 de janeiro de 2009:
Limite para inscrição de trabalhos científicos
29 de junho de 2009:
Abertura do Congresso
3 de julho de 2009:
Encerramento do Congresso
27/06/09 e 28/06/09:
Visitas pré Congresso à Serra da Capivara
04/07/09 e 05/07/09:
Visitas post Congresso à Serra da Capivara


HISTÓRICO DO CONGRESSO

Durante a última plenária da IFRAO em Lisboa, em setembro de 2006 foi decidido, por unanimidade, que a próxima reunião seria realizada na região do Parque Nacional Serra da Capivara.

A região reúne a maior concentração de arte rupestre do Mundo e, portanto, todos os especialistas, sem exceção, pretendem conhece-la.

Congressos já realizados:
• 1992 Cairns, Australia.
• 1994, Flagstaff, U.S.A.
• 1993 New Delhi, India.
• 1995 Turin, ITALY.
• 1996 Namibia.
• 1997 Cochabamba, Bolivia.
• 1998, Vila Real, Portugal.
• 1999 Wisconsin, U.S.A.
• 2000 Australia.
• 2004 Agra, India.
• 2006 Lisbon, Portugal.


INSCRIÇÕES DO CONGRESSO

Valores de inscrição (por pessoa):
Inscrições realizadas até 30 de março de 2009 pagarão as seguintes taxas:
Participantes: R$ 300,00 – 120 euros
Estudantes: R$ 150,00 – 60 euros
Inscrições feitas após 30 de março terão as seguintes taxas:
Participantes: R$ 450,00 – 180 euros
Estudantes: R$ 250,00 – 100 euros

O valor da inscrição inclui:
º Acesso às cerimônias de abertura e encerramento;
º Acesso à apresentações acadêmicas em sessões simultâneas;
º Participação de todas as conferências públicas;
º Acesso ao Museu do Homem Americano;
º Documentação e certificado de participação;
º Livre transporte nos veículos do Congresso que realizarão os deslocamentos entre os hotéis e o Museu do Homem Americano;
º Acesso à cerimônia da IFRAO
º Venda e exposição de livros
º Exposição de posters e vídeos

Certificados de participação:
Os certificados de participação serão entregues unicamente a participantes ativos e in situ. Não serão enviados, após o Congresso.


CONTATOS

SECRETARIA GERAL DO CONGRESSO
Telefone: +55 (089) 3582-1940 / 3582-1612
Fax: +55 (089) 3582-1293
E-mail: globalart2009@ab-arterupestre.org.br

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A arte rupestre do sudeste do Piauí: perfís gráficos, cronologia e conservação.

Milênios da prática rupestre nos abrigos sob rocha da região dos Parques Nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões e na área dos morros calcários da planície periférica do Rio São Francisco, oferecem uma série diversificada de registros rupestres. Esse produto final gráfico é objeto de pesquisas que visam segregar os perfis gráficos, situá-los cronologicamente, diagnosticar seu estado de conservação, definir novas técnicas para sua documentação e operacionalizar medidas para sua preservação.

Coordenadores :

Anne-Marie Pessis
Esther Lopez

Sobre o Congresso

Global Rock Art se realizará de 29 de junho a 3 de julho no Parque Nacional Serra da Capivara, São Raimundo Nonato, Piaui, Brasil.

Global Rock Art reunirá pesquisadores, estudantes e outros interessados no estudo, conservação e divulgação das manifestações rupestres, que apresentarão seus trabalhos e informações relacionadas com todos os continentes, mostrando assim que a arte rupestre é uma manifestação cultural mundial.

Os novos métodos de pesquisa, de interpretação, as novas descobertas, o desenvolvimento científico relacionado com seu estudo e a dinâmica da criação e difusão cultural poderão ser relacionados e comparados durante este encontro.

O Congresso procurará demonstrar que a globalização não é um fenômeno atual, ela começa quando o homem parte de seu berço na África e começa a ocupar todos os continentes. O congresso é mundial e tratará de uma prática global que, como todas as manifestações humanas, é a demonstração de que Homo sapiens leva em sua carga genética os modelos de respostas aos problemas originados pelo meio ambiente e os engendrados por sua psique. Por esta razão o congresso terá o nome de Global Rock Art.